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Como
manter-se interessado por um jogo que possui a jogabilidade mais ou menos
parecida desde a sua primeira edição? Ter todos os instrumentos de plástico na
sua sala é motivação o suficiente para adquirir um novo jogo da série? Afinal,
você investiu bastante dinheiro neles. Ou só um setlist novinho com algumas
melhorias já basta para você sair correndo até a loja? Pare de pensar. Guitar Hero: Warriors of Rock traz novidades o suficiente
para adquirir o jogo sem ter que pensar duas vezes.
A
história segue a mesma linha dos outros jogos: o rock precisa da sua ajuda. Mas
o jeito como você parte para a batalha é completamente diferente. Ao invés de
jogar setlist atrás de setlist e abrir cutscenes que mostram o desenrolar do
jogo em pequenas animações curtas e sem dublagem, agora é necessário habilitar
os personagens para que eles saiam em busca do “Demigod of Rock” que foi aprisionado
pelo personagem “The Beast”.
O “Quest Mode” é semelhante
ao modo carreira, mas ao invés de criar o seu guitarrista e sair dedilhando,
você vai tocar com os personagens do jogo e torná-los poderosos para que eles
enfrentem a batalha contra o inimigo. Toda a trajetória dos guerreiros é
narrada pelo líder da banda Kiss, Genne Simmons.
Para
habilitar cada guerreiro é necessário caminhar por um menu no estilo de um jogo
de tabuleiro. Cada casa corresponde a um roqueiro. Cada roqueiro tem um setlist
que quando é terminado garante poderes especiais a ele.
Axel
Steel, Judy Nails, Pandora, Johnny Nepalm, Casey Lynch, Lars Ümlaut e mais dois
roqueiros compõem o time de estrelas de rock que querem ser dignos de
participar da missão. A novidade aqui é que cada um deles possui um poder
especial. Por exemplo, Judy Nails é a favorita da galera, então o rock meter –
que mede o quanto a platéia está gostando da sua apresentação em uma escala que
varia do verde até o vermelho e sempre começa no amarelo – já começa no verde.
Ela
também garante duas estrelas a mais se você conseguir deixar o termômetro no
verde por várias notas seguidas sem errar. Quando você toca o setlist completo
dela, e a personagem se transforma em Warrior Judy, até cinco estrelas a mais são
agregadas na sua nota final se você tocar direitinho.
Alguns
poderes garantem muito mais do que apensas uma ajudinha de leve. Axel Steel,
por exemplo, garante duas “vidas” a mais caso você seja derrubado pela platéia.
Ou seja, se você falhar miseravelmente todas as notas que correm pela esteira e
o termômetro parar no vermelho, Axel te salva. E depois da transformação em Warrior Axel, você
ganha cinco tentativas. E se você não usar nenhuma delas, elas são convertidas
em estrelas e agregadas a sua nota final.
Cada
guerreiro possui um poder. Você começa tocando os setlists de cada um na versão
normal e humana. Quando o show chega ao fim, eles se transformam e vem o
encore. É uma maneira bem legal de abrir o setlist inteiro do jogo sem ter que
esperar apenas por uma cutscene. Agora realmente há uma motivação para o
jogador querer ver quantas estrelas consegue fazer e qual é o novo poder do seu
guerreiro. Além de querer tocar para habilitar todas as músicas e poderes ao
invés de ir para o Quickplay onde tudo já está aberto.
Algo
interessante é que os setlists estão divididos pela personalidade de cada
guerreiro. Os estilos musicais ficam reunidos de acordo com quem vai
interpretar a música. Então o punk Johnny Nepalm ficou com esse estilo, já a
Pandora toca musicais mais melódicas, emotivas e coloridas.
Quando
você entra no setlist especifico para livrar o semideus do rock, é preciso
formar dois times com os seus guerreiros. É necessário combinar bem os poderes,
porque aqui você fará uso dos quatro ao mesmo tempo. Apesar de as músicas serem
mais complexas nessa missão, o jogador pode mudar a dificuldade a qualquer
momento sem interferir na progressão da jornada.
Depois
que você liberar o deus aprisionado, prepare-se para ver a sua tela se
transformar na definição de caos. Quando ele pegar a guitarra para enfrentar o
inimigo que o aprisionou na batalha final, todos os oito poderes são
habilitados. Ótimo. É praticamente impossível perder. Mas toda vez que você
ganha uma estrela (e elas vão até 40), um raio aparece na tela para indicar
qual foi o poder que te garantiu o ponto a mais. Sem contar o raio que aparece
quando o Star Power se torna disponível. Raios e trovões na sua música
inteirinha.
Não são
raras às vezes em que o raio cruza a esteira bem quando você está concentrado
ou quando não pode se dar ao luxo de confundir “verde ou vermelho? verde ou
vermelho? verde ou vermelho?”. É questão de costume, mas pode ser que alguns
jogadores não se adaptem aos novos itens na tela.
Não houve
muitas novidades em relação ao modo multiplayer. Rockfest, Pro Face Off e as
batalhas entre bandas continuam entre as opções de duelo. No modo Quickplay
agora é possível escolher qual desafio você quer fazer. Eles não são mais
impostos e não estão atrelados a musica.
Então se
você quiser superar as sua própria pontuação, basta escolher esse desafio. Se
quiser tentar quebrar o seu recorde de palhetadas consecutivas sem errar, é só
clicar. Se quiser fazer todos os desafios na mesma música – um de cada vez –
também é possível.
Guitar
Hero: Warriors of Rock procura dar um incentivo a mais para o jogador atravessar o setlist
inteiro no modo carreira sem pular direto para o Quickplay onde tudo já está
aberto. A Activision tentou mudar a fórmula tradicional e trazer algo a mais para
os fieis roqueiros que palhetam seus instrumentos de plástico. Com mais
liberdade para escolher as suas opções no jogo, um modo história e multiplayer
com vários modos, o show é garantido.